quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Boas Festas...

O "Lagoas da Estrela" deseja a todos os prestados LEITORES e COLABORADORES voto de um excelente Natal e Ano Novo.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Aguardam-se opiniões...

Embora seja só o resumo não técnico, já conseguimos ter alguma noção da nova "menina mimada" da Serra da Estrela.
Aguardam-se opiniões...
(gosto particilaremente desta frase: "diversificação da paisagem e dos usos do solo pela introdução de um espelho de água em zona de grande uniformização de formas e cores" Referenciado como impacto positivo significativo).

sábado, 18 de outubro de 2008

"Poças"

Eis o nome de mais uma "beldade" da Serra da Estrela. Felizmente longe da grande confusão que se instala pela estrada fora a caminho do símbolo da degradação da intervenção humana a que chama Torre (um pouco amenizada pela recente estrutura denominada CIT (Centro de Interpretação da Torre), que vem abafar a prepotência do Homem perante a natureza que o rodeia, atribuindo-lhe o valor que merece).


As Poças são daqueles locais que faz pensar como podemos nós ter tanta vontade de ver a Serra da Estrela massificada, urbanizada, industrializada, arrombando todas as suas virtudes e peculiares características, na procura de um "progresso sustentável", cuja premissa principal é sobrepor o Homem às florinhas e animaizinhos...


Deixa-te estar Poças, não faças barulho. Mantém-te escondida e prossegue o teu caminho.




domingo, 3 de agosto de 2008

Habitantes (5): Truta comum (Salmo trutta fario)

Espécie indígena da Europa. Em Portugal encontra-se nos rios do Norte e Centro e, mais a sul, no troço superior do rio Zêzere e no rio Sever.


Cabeça e olhos grandes. Mandíbulas com dentes agudos e fortes. A maxila superior ultrapassa o nível posterior do olho. Coloração muito variável com a idade e o habitat. Geralmente dorso castanho a cinzento esverdeado, flancos esverdeados ou amarelos e ventre esbranquiçado ou amarelado. Corpo salpicado de manchas negras e vermelhas. Barbatana adiposa alaranjada na extremidade.

Peixe territorial, vive em águas correntes (embora consiga adaptar-se a lagoas), bem oxigenadas, límpidas e frescas. É uma espécie muito sensível à poluição e à elevação da temperatura, estando claramente ameaçada a sua existência. Na Serra da Estrela é possível encontrá-la em praticamente todos cursos de águas superiores, inclusivamente em algumas lagoas, tais como a lagoa do Vale do Rossim.


Espécie muito voraz, encontrando-se no topo da cadeia alimentar ao nível dos peixes de rio. Alimenta-se principalmente de invertebrados, larvas de insectos aquáticos e pequenos peixes.

Desova no Outono-Inverno, em locais de fundos pedregosos, em águas pouco profundas, frias e bem oxigenadas. Normalmente migra para montante em busca de zonas de postura. Os ovos são depositados em depressões escavadas pela fêmea no leito dos rios.


Para além das questões ambientais, outra das principais ameaças à sua existência foi a introdução (repovoações realizadas) de espécimes oriundos de outros cursos (inclusivamente doestrangeiro), afectando irreversivelmente a cadeia genética dos espécimes autóctones, não se sabendo ao certo as repercussões nas gerações futuras, principalmente ao nível da imunidade a algumas doenças.

A sua pesca é extremamente desportiva e o seu carácter esquivo e selectivo faz com que a sua captura seja carregada de simbolismo.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Nunca a passividade de poucos, afectou irremediavelmente tantos...

Abstraio-me da filosofia de alguns blogs que têm uma metodologia crítica e denunciadora (e considero isso bastante positivo) em relação a tudo o que corre mal na Serra da Estrela. Contudo, perante o que fui confrontado recentemente, decide abrir uma excepção e utilizar o blog como ferramenta para tomar uma posição, como cidadão, acerca deste assunto que cheira muito mal em todos os sentidos.

Quando o tema da água é debatido compulsivamente, quando nós todos nos esforçamos (ou pelo menos devíamos) para debelar o excesso de consumo e contrariar o desperdício, eis que após este post, tudo parece não fazer sentido.

Temos aqui outro caso semelhante à "Ribeira dos Milagres" (outro atentado ecológico no distrito de Leiria, que perdura à mais de 20 anos e que talvez já merecesse a realização de vários doutoramentos sobre incompetência estatal), com a agravante de se situar onde se situa: algo a que se chama Parque Natural da Serra da Estrela.

Em ambiente de sátira e segundo uma definição disponível no Wikipédia, um “Parque Natural” é uma área de conservação (propriamente de quê?), fora de uma área urbana (Na Estrela = “no comment”), protegida por lei (só se for a favor de alguns) com o objectivo de preservar a flora e a fauna local (com cenários destes é difícil não?) e proporcionar um ambiente de lazer (com este cartaz turístico, estou aberto a sugestões…)

Voltando à realidade (triste), este é o momento certo para aplicarmos a "táctica do quadrado" a todas as entidades responsáveis pelos destinos da Serra da Estrela. Só os cercando, só os pressionando é que podemos contrariar esta inoperância atroz (até parece que tudo isto é normal) e trazer à superfície a fragilidade na responsabilidade e a aversão ao cumprimento dos deveres de vários organismos, que utilizam o nome Estrela sem a dignificarem minimamente.

Vamos (mais uma vez) esperar pelas soluções futuras e definitivas para este “caso de polícia”, esperando que as entidades desempenhem o seu papel e não se tornem o “bobo da festa”…

domingo, 1 de junho de 2008

Estudo em lagoas de montanha

Ao consultar o site do CISE, fui confrontado com um estrato (ou resumo) de um estudo efectuado em várias lagoas nas imediações da Torre, cujo objectivo principal era determinar a qualidade das suas águas e o grau de influência humana no "bem-estar" das lagoas.

Penso, na minha opinião, que os resultados apresentados não deixam ninguém surpreendido, embora considere (tal como o autor), que é necessário um número consideravelmente maior de pesquisas/estudos, de modo a confirmar os dados obtidos e as respectivas conclusões.

No fundo, estes estudos (e os que vão surgir) são fundamentais para a real compreensão dos ecossistemas que nos rodeiam (neste caso as lagoas da Serra da Estrela) e que deviam entrar nas contas de quem explora os recursos da Serra da Estrela.

Estas pesquisas também deviam fazer parte do universo "projectos âncoras", a considerar no futuro próximo, para alavancar uma nova perspectiva, visão e consideração de exploração turística, cuja a palavra sustentabilidade seria o principal combustível para a tal “alavancagem” que se proclama…

Deixo aqui o link para quem desejar consultar o resumo do estudo na integra.

domingo, 4 de maio de 2008

Lagoas glaciares do Mundo (2)

Para recordar um pouco o nosso mundo...




sexta-feira, 2 de maio de 2008

Habitantes (4): Lagarto-de-água (Lacerta scheiberi)

O Lagarto-de-água é um excelente endemismo ibérico, bastante comum nos cursos de água tipicamente de montanha, podendo ser encontrado em lagoas, charcos e nas margens de pequenos ribeiros e ribeiras de água pura, com abundante vegetação ripícola, ou seja, vegetação típica dos cursos de água ou de zonas húmidas, tais como: Salgueiros (Alnus glutinosa), Freixos (Fraxinus angustifolia), Vidoeiros (Bétula pubescens), Fetos-reais (Osmunda regalis), entre outras.

Na Serra da Estrela, principalmente na Primavera e Verão é possível observá-los a circular "livremente" nas margens das lagoas e charcos, não hesitando pequenas incursões na água. É uma espécie que pode atingir os 12 cm, sem contar com a cauda, tendo como característica singular o facto de a cabeça dos machos apresentar várias tonalidades azuladas, acinzentadas ou acastanhadas, aquando da época de reprodução.


Embora não seja uma espécie em risco eminente de extinção, o facto de habitar zonas bastante sensíveis, como são os cursos de água, e de existirem vários factores que podem levar ao isolamento de populações obriga, por parte das entidades competentes, a um redobrar de esforços para que esta espécie, única e exclusiva da Península Ibérica, não tenha o mesmo destino de muitas outras que já fazem parte do nosso imaginário.


Se desejar conhecer melhor esta espécie, por favor, clique aqui...

sexta-feira, 7 de março de 2008

Lagoa do Covão do Forno

Mais uma das nossas "amigas" inseparáveis durante os nossos passeios e jornadas de pesca (no antigamente).


Situada ao "lado" da Lagoa Comprida, ao qual está ligada por um canal, onde esta última descarrega, a Lagoa do Covão do Forno é uma lagoa artificial (foi aproveitado uma lagoa natural já existente no Covão do Forno), devido à presença de um pequeno dique.

Estranhamente, não surge nenhuma informação no INAG sobre as características desta lagoa, embora existam placas recentes (identificativas da EDP), o que pode significar que ela tenha mais alguma utilização (produção eléctrica) do que a simples retenção/armazenamento de água.


É uma lagoa fantástica, digna de um postal da Serra da Estrela (não são todas?). Possui um acesso simples e fácil, através do canal que a liga à Lagoa Comprida.

Vou continuar a estudar e a pesquisar informações sobre esta lagoa "mistério".


sábado, 16 de fevereiro de 2008

Curiosidades...

Este post não tem a devida ligação com as bases temáticas que levaram à idealização deste blog. No entanto, não podemos ignorar este encontro de "1.º grau", que é tão raro, quanto belo...
Durante a realização de uma actividade de desporto natureza na Serra da Estrela, acompanhado com os respectivos clientes, fomos confrontados com a a aparição deste pequeno ser: um esquilo vermelho. (Sciurus vulgaris)

Este encontro deu-se no vale de Beijames (troço superior), culminando uma fantástica tarde de convívio, lazer e aprendizagem, que ocorreu num cenário que se pensa inexistente em Portugal. Ficam as imagens para recordar...






sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Sabia que ... (2)

Para além das barragens/albufeiras concebidas e construídas em arco de alvenaria (que foquei neste post), destaco outro método de construção, mais recente e actual, que está também presente na Serra da Estrela, pelo menos na génese de uma barragem (Cova do Viriato).

De um modo simples e claro (eu sou apenas um curioso que quer saber um pouco mais sobre estas estruturas marcantes, que fazem parte da paisagem e história recente da Estrela), as barragens de betão distinguem-se em vários "sub-tipos":

- Gravidade (aquela que vamos abordar neste post);
- Contrafortes;
- Arco-gravidade;
- Arco-abóboda;
- Betão compactado (BCC).

As barragens de betão gravidade transmitem os esforços, como o próprio nome indica, por efeito da gravidade. Este tipo de barragem é característico pelos seus maciços trapezoidais, adequados a regiões de topografia suave, uniforme e com vales largos, tal como acontece na Cova do Viriato.

São barragens/albufeiras concebidas de modo que a sua forma geométrica, em geral de secção triangular (pode-se constatar através da observação do pontão junto à estrada) aliada ao peso específico do material, mantém a estrutura estável frente aos esforços de queda e deslizamento impostos pela água e outras solicitações. (Ex. Barragem de Penha Garcia, em baixo)

Apresentam uma secção transversal trapezoidal que lhe confere estabilidade por si só e resistem apenas pelo seu peso necessitando, por isso, um maior volume de betão em comparação com os outros tipos de barragens em betão. Em termos de fundação são bastante exigentes no que diz respeito à resistência dos terrenos, idealmente formados por um substrato rochoso resistente e sólido, com pouca profundidade. (Só por aqui arrisco afirmar, de uma forma empírica, que a futura barragem das Penhas II, não poderá ser construída segundo este método. Eu aventure-me a apostar no método (talvez) semelhante à barragem de St.ª Lúzia, face ao estreitamento e profundidade do Vale da Bouça)

De modo simplificado e acessível, eis como actuam as forças nas barragens em betão gravidade:

Resultante do peso da barragem(W):
Yb - peso específico do betão (25kN/m3)

Resultante dos esforços exercidos pela água (Rw):Yw - Peso específico da água (10kN/m3)

R - Força resultante de todas as forças a actuar na barragem.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Lagoa da Ribeirinha


Após um interregno de vários dias, consegui dar atenção aos Lagoas da Estrela, oferecendo-lhe mais uma das nossas "anfitriãs" inseparáveis.

Desta vez trata-se da Lagoa da Ribeirinha, para mim, desconhecida até há bem pouco tempo. Fui presenteado com cenário idílico, em pleno pôr-do-sol, com a água a iniciar o seu processo de solidificação e acompanhado por um silêncio tão aterrador, como sedutor.

Pior, só mesmo ao longe, a imagem dos "mastodontes" e afins da Torre, cujo significado (e importância), ao lado desta pequena e simpática lagoa, é praticamente diminuto, senão mesmo inexistente...