sábado, 15 de dezembro de 2007
Lagoas glaciares do Mundo (1)
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Lagoa dos Cântaros
Calma e serena, talvez ansiando por um Inverno que teima em se afirmar…
De regresso...
Para recordar como será com neve (foto amigavelmente disponibilizada por José Amoreira).
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Habitantes (3) - Truta Arco-Íris (Oncorhynchus mykiss)
A truta arco-íris é uma espécie de truta originária da América do Norte, mas que se encontra distribuída actualmente por todo o mundo. A espécie foi introduzida em pelo menos 45 países, para aquacultura, com um sucesso tremendo a nível económico, permitindo que quase todo o mundo tivesse acesso à sua carne.
As trutas arco-íris são peixes de água doce preferindo águas frias e claras com corrente moderada, sendo uma espécie apreciada para a pesca desportiva, principalmente em lagoas ou barragens de altitude.
Têm o corpo acastanhado ou amarelado, com pintas pretas na zona do dorso, também presentes nas barbatanas dorsal e caudal. Como característica distintiva têm uma risca rosada que se prolonga das guelras à barbatana caudal. A truta arco-íris pode atingir dimensões consideráveis (tendo em conta o seu habitat), podendo atingir entre 70 cm a 90 cm de comprimento e um peso a rondar os 10kg (embora existem dados de exemplares maiores e com mais peso).
É uma espécie tremendamente voraz, agressiva e lutadora, o que a torna um excelente chamariz para os amantes da pesca desportiva. Na Serra da Estrela, ela foi introduzida em algumas barragens (Vale do Rossim, Lagoacho, Lagoa Comprida, Lagoa do Viriato, entre outras) com esse fim.
Uma das grandes "vantagens" das trutas arco-íris das lagoas da Serra da Estrela, é que são espécimes híbridos (?), ou seja, não se reproduzem (não existem certezas deste facto), já que derivam, na sua grande maioria, de viveiros existentes na região.
Em Portugal, a Serra da Estrela possui qualidades únicas para a pesca desportiva de montanha (a prova disso foi a recente realização, em 2006, do Campeonato do Mundo de Flyfishing, envolvendo mais de 4.000 pessoas), como produto desportivo e turístico.
É um mercado por explorar, sendo responsável, noutros países, por gerar milhões de euros. Em Espanha, depois do futebol e dos desportos de Inverno, o mercado da pesca/caça é aquele que gera mais receita, superiorizando-se , por exemplo, ao golf. O mesmo se passa na Patagónia, no Canadá, no Alasca, nos Estados Unidos, na Nova Zelândia, onde a pesca desportiva de aventura, (principalmente dos salmonídeos) tem um papel crucial, como destino turístico de "gama alta" e onde a sustentabilidade ambiental é “cabeça de cartaz”.
Para terminar, o exemplo de algumas amostras (http://www.conmosca.com/) construídas à mão, usadas para as "enganar" (uma autêntica arte, sem dúvida).
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Sabia que...
Com um pouco de dedicação a um tema tão pouco falado, de uma área de engenharia "oculta" e que contempla termos tão técnicos como desconhecidos, fiquei a saber que a grande maioria das barragens da Serra da Estrela, principalmente as mais antigas, são construídas em arcos de alvenaria. São exemplo a barragem do Covão do Ferro (em cima), a barragem do Vale do Rossim, a Lagoa Comprida, (entre outras) especialmente conhecida pelos 3 arcos de alvenaria em granito com um total de 1200 metros de extensão. Uma construção célebre (iniciada em 1912, finalizada em 1914 e com alterações introduzidas em 1934 e 1965) e de grande importância ao nível da engenharia, tendo em conta o período em que foi feita e às adversidades do próprio contexto.
Embora as barragens de alvenaria fossem de fácil concepção, fiáveis e muito resistentes, tinham algo que acabou por ser a sua "morte" nos tempos modernos, onde o relógio controla a vida: a morosidade de construção.
O betão, mais moldável e menos dispendioso tem como "ponta de lança" o facto de ser menos moroso na sua utilização (logo mais rentável), pondo praticamente fim a um material e técnica de construção que desafiou a mente criativa e o físico do ser humano.
Vou continuar a procurar informação sobre estes temas, de modo a trazer à baila um pouco do desconhecido da nossa serra. Não é fácil, mas é isso que me cativa...
domingo, 18 de novembro de 2007
Porquê???
Não sou eu que profiro isoladamente esta frase. Turistas, operadores turísticos, gerentes de unidades de alojamento, amigos, colegas de profissão e sector e mesmo elementos do PNSE e da DRABI mostram-se perplexos e algo agastados com as recentes (desde do Verão deste ano) intervenções que a EDP realizou na maioria das lagoas com exploração eléctrica e naquelas que lhes dão suporte.
A razão para tal perplexidade é simples: esvaziaram-nas sem uma justificação aparente. Até mesmo órgãos estatais, como é o caso do PNSE, tutelado pelo ICNB, ou mesmo a DRABI, tutelada pelo Ministério da Agricultura, Floresta e Pescas não têm qualquer explicação para tal fenómeno.
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Habitantes (2) - Sparganium angustifolium
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Salgadeiras e Chancas
É provavelmente a mais famosa sequência de lagoas da Serra da Estrela, pois devido à proximidade da estrada, à facilidade de acesso pedonal e à correspondente beleza natural, é um dos locais predilectos para matar o calor que nos “invade” o corpo durante o Verão. Face a este cenário, todos nós devemos ter o melhor respeito para com este local, tentando através de atitudes cívicas e recorrendo às capacidades intelectuais (que nos distinguem do restantes seres vivos), guardar e preservar um ecossistema que é tão sensível, como raro.
Obrigado João...

quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Lagoa do Covão do Meio (artificial) em 03/03/2007




O glaciar terá atingido, no máximo da glaciação, uma extensão aproximada de 7 km e atingiu uma altitude mínima de 800 metros. A erosão provocada pelo glaciar é demais evidente, não só pela existência de um número elevado de covões, mas também pela existência de superfícies rochosas lisas, aborregadas e polida, provocadas pelo efeito "abrasão" da massa de gelo. Estas características geológicas são perfeitamente visíveis na cabeceira do Covão do Meio, bem como a existência de estrias (microformas) nas superfícies rochosas, resultantes da fricção entre a superfície rochosa e os fragmentos que eram transportados/arrastados pela língua glaciar.
A lagoa do Covão do Meio foi entrou em funcionamento em 1953. É uma lagoa artificial do tipo “arco de abóbada” que possui um dique de 25 metros de altura (ponto máximo) e uma extensão de 287 metros. Como característica mais evidente desta lagoa, é a existência de um túnel de aproximadamente 2355 metros de extensão, que canaliza a água para a Lagoa Comprida.